sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Sobre esperar (...)

Interessante como a gente espera. Esperamos um carinho, um aviso, um sucesso, uma aprovação... Sempre esperando. Não que seja mau, só me é estranho. Nossas atitudes são movidas pela espera(nça) do resultado em qualquer âmbito da vida. Se é que existem âmbitos, me chega aos olhos que é tudo uma coisa só, a linha de sensações que separa o amor que ainda não casou do emprego que ainda não chegou é muito tênue. Talvez alguém não tenha entendido isso ainda e segue tentando achar que ‘uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa’. Não. É tudo junto e em tudo esperamos. Agora espero que minhas esperas sejam mais breves e meus sonhos desejados na vida (não, não no amor, não com a família ou nos cadernos... na vida) se realizem logo. Assim, terei outras e outras esperas pra fazer o -meu- mundo girar. Para complementar...







E o mundo vai girando cada vez mais veloz
A gente espera do mundo e o mundo espera de nós
Um pouco mais de paciência




(...) ou seria sobre viver?

terça-feira, 9 de julho de 2013

Amor citadino

Desde já aviso: não sou porto-alegrense. Não nasci nessa encantadora cidade mas sinto como se tivesse nascido, afinal, são 10 anos por essas ruas. Não dá pra negar que os lugares, especialmente o Centro Histórico com seus museus, bares, casas de teatro, monumentos e afins, sejam especiais. A sensação de passar uma tarde dando voltas por aquelas quadras é realmente muito agradável.
O que me fez escrever sobre isso foi o que presenciei ontem, quando andava no centro. O Mercado Público   'destruído'. Como assim é verdade que o Mercado pegou fogo? Não pode ser... Vivi uma emoção muito estranha, aquele lugar É a cidade, não faz nenhum sentido não sentir aquele cheirinho de peixe e não ver aquela porção imensa de pessoas circulando. Me deu uma saudade apesar de não ser frequentadora assídua do Mercado, senti a cidade chorando na chuva que caía. Espero que se reconstrua logo logo, e que mais nenhum prédio que embasa a alma dessa cidade, que hoje é a minha,
passe por esse pesadelo.

sexta-feira, 5 de julho de 2013

(re)Começo...

As artes! Ah, pois bem, as músicas, os livros, contos, poemas (as letras), pinturas, desenhos, teatro, performances, filmes, animações.... Essa infinitude de expressões mexem com todas pessoas. Direta ou indiretamente. Mexe com que vive da música e quem vive com música.
As manifestações artísticas têm o dom de nos sacudir. Mexem com nossas sensações, nos deixam emocionados -felizes ou tristes-, cada vez que assistimos a um filme mudamos, mesmo que pouquíssimo, mas mudamos.  Sempre que vamos ao teatro, sentimos algo estranho, são peças, tragédias ou comédias, que nos tiram da realidade estando realmente na nossa frente.É uma piração, lendo um livro, conseguimos sair do nosso universo e muitas vezes entrar na vida de personagens, lugares e tempos fictícios. 
E o melhor de tudo, a arte é de cada um, uma das poucas coisas que ainda são individuais no mundo dos IP's. Cada um interpreta um trecho (de livro, filme, peça) ou um quadro de uma forma sua, subjetiva. Por isso, a Literatura, assim como a pintura, constituem a História subjetivas dos homens de sua época.
Não dá pra negar, as várias formas de arte mexem conosco e contam nossa história para aqueles que vêm depois do nosso tempo. Se alguém aqui conhece alguém que não aprecia nenhum jeito de arte, acredite, essa pessoa não existe. 
Esse post vem com intuito de reativar o blog fazendo uma espécie de metalinguagem. Espero trazer mais e mais assuntos da realidade, reflexões e por aí em diante... E para finalizar, valorize a arte, o texto, a pintura, a música e o museu. Precisamos dela na nossa construção enquanto seres habitantes de um planeta que conta uma história aos próximos! 


"A arte é a contemplação: é o prazer do espírito que penetra a natureza e descobre que ela também tem uma alma. É a missão mais sublime do homem, pois é o exercício do pensamento que busca compreender o universo, e fazer com que os outros o compreendam." 

Auguste Rodin

terça-feira, 22 de novembro de 2011

domingo, 6 de novembro de 2011

momento crucial

Ouvir coisas absurdas todos os dias, ser condenada por qualquer mínima atitude por quem não tem esse direito. Revoltante. Dá uma vontade de largar tudo, de mandar essa gente toda pra bem longe daqui. Que vontade de sair de casa, ai se eu pudesse. Não tá dando mais pra aguentar, essa gente louca, cada um com uma mania mais absurda, um mais hipócrita que o outro.
Volto a dizer, ouvir absurdos virou rotina e não tá dando pra aguentar mais. Esforço-me, faço e fiz tudo que posso, não vejo mais saída. Encontrei um amigo que é ponto de escape, que me ouve desabafar, mas tem uma hora que as pessoas cansam de nos ouvir. Não vou mais atormentá-lo com isso, não por hoje. Pela primeira vez, penso seriamente em cometer besteiras, em ser  também uma grande hipócrita, em provar que aprendi na base do exemplo.
Pequenas e grandes mentiras, essas coisas estão começando a estourar, o relacionamento tá por um fio. Aos poucos, as mínimas indiretas estão saindo, não espere muito, vai explodir. E vai ser nesse dia, que não haverá outra saída. Tenho medo das atitudes que eu vou tomar, eu sei que vão ser irracionais, eu sei que vão ser erradas, mas assim como o susto previsto no cinema, não haverá maneira de evitar.
Em meio a esse surto caótico, descubro a pessoa que eu não conhecia. Por tanto tempo achei uma coisa, descubro a verdade, o oposto. Por anos, foi sempre a mesma besteira, teria sido sempre enganação? Eu sinto a distância aumentando, sinto a minha indiferença tomando conta. Começo a torcer por um final, de uma vez por todas.
Cansei, mudei, chorei, escrevi e desabafei. Agora é a hora de voltar para a vida real, voltar a fingir sorrisos, voltar a mascarar a mão que traz o desenho da parede. Fazia tempo que eu não chegava a esse ponto. Não vejo mais uma saída. Vou me ocupar com qualquer coisa, antes de perder a cabeça, se é que eu já não perdi.

sábado, 15 de outubro de 2011

Cada coisa que se vê...

Esses dias estava voltando de algum compromisso barato no centro da cidade, andava de ônibus e admirava o Parque Farroupilha, uma boa música no fone, e era isso. Me sentia mal por estar ali, tendo que andar de ônibus, única coisa que vinha na minha cabeça era "quero minha casa, um banho e minha cama".
Numa virada súbita, num piscar de olhos, olhei para outra janela. Assisti algo inusitado, inesperado, improvável. Um senhor (40 anos talvez) estava no canteiro central de um cruzamento, na frente do Pronto Socorro (quem sabe um porto alegrense queira situar-se), abaixado, com as calças "arriadas". Parado. Olhando para frente, sem fazer nada, no meio do trânsito caótico.
Não sei se era alguma forma de protesto, acredito que não. O que eu pensei na hora é que seria mais um louco, andarilho da cidade. Porém de alguma forma aquilo me comoveu, fiquei pensando em "até onde o ser humano chega?", fiquei imaginando mil razões para aquele senhor estar ali, nenhuma fazia sentido. Mas o que mais me fez refletir foi o seguinte pensamento: porque as pessoas não estão dando bola, e estão passando por ali como se fosse normal?
Naquele momento esqueci de toda minha vontade de estar em casa, de deitar e descansar, o mundo parou por uns instantes. O ônibus arrancou, o trânsito seguiu normal, mas eu não... Eu senti algo estranho, algum tipo de revolta, meio que me culpei por aquele homem estar ali, sem uma casa ou um médico para o confortar.
Não sei muito bem o que concluir depois de ver isso. A única coisa que fica é que somos pequenos demais, que alguma coisa faz com que possamos sair totalmente da realidade, e acreditar que coisas absurdas como essas são normais. Mas afinal, o que é real?

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Desamor!

Tirei a lembrança viva de cima da cama, tirei o anel do dedo, tirei o último resquício físico de dentro da carteira. O que falta é tirar o que ficou na mente e no coração.