segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Repentina mudança.


Dormi e acordei diferente. Foi assim, foi hoje... Me joguei na cama só para matar o sono, acabei puxando o edredom e ficando por 40min. Acordei aos berros de um senhora cansada, que já não demonstra felicidade, me mandando ir no mercado. Levantei, contra vontade e fui. Coloquei meu rock selecionando com cuidado no volume máximo nos fones de ouvido.
Foi nessa ida até a esquina que me senti diferente, pessoas tornaram-se desconhecidas, uma ou outra me deu oi, eu não respondi. Tive que manter contato com algumas, numa espécie de obrigação em falar, fui educada. Senti olhares me julgando como se eu fosse diferente. E de fato sou, procuro a utilidade das coisas, procuro a verdade e crio planos paralelos no mundo da mentira. Já caí em tentação, já menti. Mas acredite, me senti outra pessoa qualquer, mais uma que mente e desmente, que brinca e joga com sentimentos dos outros humanos. 
Foi na hora que parei, comi meu pão de queijo sagrado, na esquina, naquela chuvinha, com aquelas músicas, que pensei: “o que será que cada pessoa que passa por mim está pensando?” não sei porque, mas comecei a imaginar, nessa breve ilusão vi pessoas boas, ruins, boas tentando ser ruins, e ruins se passando por boas. Voltei para minha casa, minha cama, meu mundo, peguei o computador e vim digitar. Não que faça algum sentido todas essas palavras, mas, assim como quando comecei o texto, me sinto diferente. Não vejo mais o brilho que via na minha própria família, muitas pessoas perderam a cor também. Não sei se é bom ou ruim, só sei que não vou mudar. Comecei a ver mais os sentimentos e agir sem eles, ou pelo menos tentar. Facilita. 

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

é uma guerra de sentimentos

O sim e o não. O talvez e a certeza. O querer e o poder. O poder e o não querer. O não poder e o querer. É aceitar e negar. É duvidar e acreditar. É viver e não viver, estar e não estar.
É isso, se isso é alguma coisa. Essa confusão toda é medo, é medo de ter e não ter. Não gosto de me sentir assim, mas não vejo mais saída, é aquela mesma história, tenho a razão me falando uma coisa, e o meu coração dizendo outra. Não vejo mais sentido em muitas coisas, mudei meu pensamento em relação ao mundo e as pessoas, isso é bom. Mas sofrer assim, não é bom. Não ver mais uma escapatória, deitar todo o dia e ficar mal, e lembrar, relembrar, como se fosse ontem. Tenho que parar com isso.

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Somos o futuro da nação.

Essa quantidade de gente que morre todos os dias me apavora, me da medo... Onde estamos indo parar? A cada dia mais a violência aumenta, os crimes multiplicam-se, a droga anda pela mão de todos com uma facilidade incrível.
Não vejo mais crianças brincando na rua, fora das grades dos condomínios, não vejo mais jovens sentados no meio fio falando besteira ou projetando um futuro distante, nem mesmo pessoas de mais idade tomando chimarrão no banco da praça, contando velhas histórias. Quem já morou em cidade de interior sabe bem do que eu estou falando, são vidas que correm pelas bocas, palavras que contam exemplos, que ensinam, saem nos encontros de amigos, a qualquer horário, nas ruas....
Mas hoje, aqui na capital, já não se pode mais ver isso. A única coisa que se ouve, é o medo do assalto, do cara que vem subindo do outro lado da rua. Entrar todos os dias em um monte de concreto, cercado por grades e mais grades me metal, me aprisiona, é como estar numa cadeia, onde a diferença é poder ver o sol, e ter liberdade de sair.
Chega a ser estranho, o que mais se vê nas rodas de conversas hoje, não são histórias de grandes amores, de amizades.... São contos de assaltos, de tiroteios, arrastões, sequestros, mortes.... Somos nós, vítimas de um sistema que praticamente coloca o marginal na rua, que dá emprego, e não traz segurança dentro do ônibus.... Que oferece serviço, mas não dá educação...
Brasil, um país rico em beleza natural, em diversidade cultural, bonito por natureza, com um povo simpático, com carisma, onde que vamos parar? Quando é que alguém vai tomar uma atitude.... Será que quando NÓS, geração anos 90, subir no poder, ocupar os grandes palacetes, será que vamos conseguir mudar? No meu ponto de vista, a política é como um espelho, um povo que fura a fila do hospital e deixa o outro morrer, pede, clama, por um político desonesto. NÓS somos a política, nós somos os filhos da revolução, burgueses sem religião.