Essa quantidade de gente que morre todos os dias me apavora, me da medo... Onde estamos indo parar? A cada dia mais a violência aumenta, os crimes multiplicam-se, a droga anda pela mão de todos com uma facilidade incrível.
Não vejo mais crianças brincando na rua, fora das grades dos condomínios, não vejo mais jovens sentados no meio fio falando besteira ou projetando um futuro distante, nem mesmo pessoas de mais idade tomando chimarrão no banco da praça, contando velhas histórias. Quem já morou em cidade de interior sabe bem do que eu estou falando, são vidas que correm pelas bocas, palavras que contam exemplos, que ensinam, saem nos encontros de amigos, a qualquer horário, nas ruas....
Mas hoje, aqui na capital, já não se pode mais ver isso. A única coisa que se ouve, é o medo do assalto, do cara que vem subindo do outro lado da rua. Entrar todos os dias em um monte de concreto, cercado por grades e mais grades me metal, me aprisiona, é como estar numa cadeia, onde a diferença é poder ver o sol, e ter liberdade de sair.
Chega a ser estranho, o que mais se vê nas rodas de conversas hoje, não são histórias de grandes amores, de amizades.... São contos de assaltos, de tiroteios, arrastões, sequestros, mortes.... Somos nós, vítimas de um sistema que praticamente coloca o marginal na rua, que dá emprego, e não traz segurança dentro do ônibus.... Que oferece serviço, mas não dá educação...
Brasil, um país rico em beleza natural, em diversidade cultural, bonito por natureza, com um povo simpático, com carisma, onde que vamos parar? Quando é que alguém vai tomar uma atitude.... Será que quando NÓS, geração anos 90, subir no poder, ocupar os grandes palacetes, será que vamos conseguir mudar? No meu ponto de vista, a política é como um espelho, um povo que fura a fila do hospital e deixa o outro morrer, pede, clama, por um político desonesto. NÓS somos a política, nós somos os filhos da revolução, burgueses sem religião.
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